Maura Roth recebeu, no Você.Net do dia 28 de junho, o consagrado humorista Ary Toledo. A entrevista, por pouco, não se transformou em um delicioso programa de humor de tantas risadas que o convidado provocou na apresentadora e em todos os presentes no estúdio. Antes mesmo de o programa começar, o Chat já estava lotado com dezenas de perguntas e pedidos de piadas; muitas mensagens chegaram com antecedência. Até de Miami veio comentário.
Maura iniciou o papo falando da recente turnê de Ary pelo Japão. Qual é o seu público lá, de japoneses ou brasileiros? Ary responde que a maioria são brasileiros, mas que achou divertido e brincou: “os japoneses entendiam o que eu falava, mas descobri que eram brasileiros mesmos, apesar dos olhos puxados”. Pelo vídeo um internauta perguntou sobre o início de sua carreira e o entrevistado revelou que nunca teve outra profissão, não conseguiu estudar por causa do humor e que, desde criança, fazia humor sem saber. “Uma professora um dia me bateu porque eu falei que ela era gorda e feia. Então eu disse a ela que nem batendo ela ficaria bonita e magra. Ela riu”. Gargalhadas... “Também bati em um garoto menor porque ele xingou a minha mãe. Um senhor me segurou e perguntou se não tinha vergonha de bater em um colega menor que eu. Perguntei se ele queria que eu esperasse ele crescer e ele também riu”. Mais gargalhadas...
Maura perguntou como Ary encara o humor e ele respondeu que é difícil defender e explicar o humor, pois algo de ruim nos outros pode se apresentar engraçado. “O riso é o açúcar da vida, embora haja muito adoçante no mercado”, brincou. “Sinto-me uma espécie de utilidade pública. O riso é libertário. Faz bem ao coração. Pessoas bem humoradas morrem menos do coração”. Maura fez referência aos seus quase 50 anos de carreira e perguntou qual foi o lugar que onde o público mais gostou de seu espetáculo. “Foi em Boston o show mais aplaudido, aplaudiram por muito tempo. Brasileiros fora do País têm riso acumulado, ausência de riso por longo tempo”.
Do Chat, Maristela diz que alguém pediu a piada do elefante suicida. Melhor não descrevermos a piada... Mas ele comentou que guardou, por cerca de 5 anos a resposta de como o elefante se suicida, quando trabalhava no programa de Silvio Santos (SBT) e só contava no ouvido dele. Maura pergunta sobre seu projeto Cadastro Único e ele se entusiasma: “a burocracia vai acabar com meu projeto, ninguém vai precisar decorar mais números, a solução é o Cadastro Único, cuja sigla é meio estranha (CU), para pagar contas, fazer empréstimos...” Ótima piada. Impossível reproduzi-la.
Uma pergunta em vídeo questionou de onde vem tanta criatividade para as piadas. Ary disse que tem cerca de 60 mil arquivadas e cerca de 1% estão memorizadas. “Eu sou uma espécie de urna de piadas. As pessoas me contam piadas na esperança de que sejam divulgadas”. Maura pergunta sobre o Guinness Book, que está pleiteando, e ele responde que, há três anos, está tentando e que na próxima edição devem incluí-lo. Maura lembra do disque-piadas (no final dos anos 80, podíamos ouvi-lo pelo telefone) e Ary conta que foi o pioneiro nessa “necessidade humana, que é o riso”.
O internauta André perguntou, em vídeo, como ele conheceu Marly Marley e pede uma piada sobre Internet. “Conheci Marly em 1967, na Bandeirantes, onde eu apresentava o programa Ary Toledo Show. Ela era contratada da emissora, aí eu fui atrás dela até ela me ganhar”, vangloria-se. Pergunta do Chat: Como é o relacionamento de vocês, já que é rei do humor e ela, a jurada chorona? Depois de tanto tempo ela ainda ri das suas piadas? Ary responde que ela serve como teste. “Se ela ri, todos rirão”. Contou a piada sobre Internet.
Maura Roth quis saber se há algum tema proibido para piadas. Ary Toledo afirmou que não há assunto proibido, mas há o bom senso. A apresentadora perguntou qual é a piada mais rápida ou curta que ele conhece. Ele fez a abertura sobre um casal em um beco escuro na rua; quando chega a polícia ela diz: “Olha o guarda. Guarda!” e ainda brincou que nos EUA a versão ficou: “Olha o tira. Tira!” Muitas risadas. Alguém perguntou sobre a piada do vaga-lume, mas, segundo ele, é uma história que ele encena no teatro, fez uma breve demonstração, hilária.
Maura Roth presenteou Ary Toledo com chocolates Kopenhagen e mandou uma caixa de presente para sua esposa Marly Marley e depois perguntou se alguém acredita quando ele fala sério. Respondeu que raramente alguém acredita. “Uma vez prendi o dedo na porta do carro, no Japão, e gritava que estava preso, mas meu amigo motorista só acreditou quando lhe dei uma cotovelada para ele parar”. Risos, risos. “Quando alguém o encontra na rua pede uma piada ou um autógrafo?” Perguntou-lhe a apresentadora. “Primeiro a piada, depois o autógrafo”.
Respondendo a uma pergunta, Ary Toledo disse que sempre viveu do humor, nesses 50 anos, trabalhando no teatro, na TV, escrevendo livros... “Não fiquei rico, mas vivo bem”. Atendendo pedidos Ary interpretou, tocando violão, duas músicas engraçadíssimas, uma delas, “Rosinha”. Logo a seguir, alguém quis saber o que o deixa de mau humor: “A derrota do timão e mulher com mais de 14 anos virgem”. O Chat ficou cada vez mais movimentado e foi impossível ler todas as mensagens durante o programa.
Maura Roth perguntou qual o tipo de piada que mais encanta o público e ele disse que aquelas sobre crianças e contou uma, a do garoto que respondia tudo com a palavra “depende”, dando duas opções de resposta. Imbatível. Muita gente no estúdio não se continha e chorava de rir. Maura Roth quase perdeu o fio da meada; em determinado momento não conseguia completar a frase, só ria e ria. Depois, o humorista falou sobre as suas preferidas e contou um delas. Um intenauta perguntou por que ele não aparece mais na TV: “volta pra TV, Ary!”, clamou! Ele revelou que já mandou propostas para várias TVs abertas e fechadas, mas que procuram resultados imediatos. “Gostaria de fazer um programa mais educativo, apesar de coter piadas, mas discutir as causas do humor, como deve ser cultivado; as pessoas só aproveitam a essência da piada, mas ninguém sabe de onde ela surgiu... Se alguém quiser produzir algo diferente, pode entrar em contato, tenho idéias novas e podemos conversar a respeito”.
Ary disse a Maura que sua inspiração é sempre o cotidiano e que o bom humorista é também um bom observador. “Muitas frases do meu livro, que sai em agosto, ‘Textículos de Ary Toledo’, criei no banheiro. Então podemos dizer que muita coisa nele é uma caga...” Todos riram. Maristela interveio dizendo que Jaqueline estava pedindo, pelo chat, uma piada sobre aniversário. Ary conta a piada, que foi a deixa para a equipe do Você.Net homenagear Maura Roth, pelo seu aniversário, dia 31 de maio. Um vídeo surpresa foi exibido e a equipe, amigos, mãe e marido entraram no estúdio com bolo de chocolate e cantando parabéns para Maura. Sem conter as lágrimas, a apresentadora encerrou o programa.
Bom mesmo foi para quem estava presente em carne e osso e pode se fartar com a guloseima, depois do programa.
Parabéns, Maura. Felicidades hoje e em todos os anos que virão!
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